Poesia,
magia, alegria e acrobatas pelo ar
Um dia
naquela cidade eu vi
Essa trupe
chegar
Mambembe,
que loucos
E que foram
aos poucos
Erguendo
Um palácio
de lona
Tremendo
Quem diria
um dia a alegria acampasse por aqui
Mesmo o
velho ranzinza com seu terno cinza
Pediu pra
repetir
O canto dos
loucos
Que foram
aos poucos
Erguendo
Um palco de
sonhos
Tremendo
A moça feia
que só se escondia e vivia a chorar
Ouvindo
falar dos bandidos vadios
Apareceu por
lá
Mambembe
fugido
Fera e
rugido
Sedento
E o sangue das
virgens
Fervendo
A mal falada
e mais desejada pelos homens de lá
Ao ver o
palhaço aprontando, caindo de bunda
Resolveu se
casar
No picadeiro
Ao som de um
pandeiro
Bebendo
Era a noiva
mais séria
Do elenco
E a cotovia,
que eu nunca via, veio sobrevoar
O sério
prefeito, mesmo sem jeito
Se pôs a
dançar
E toda gente
sofrida
Que apanha
da vida
Sorrindo
A meninada
assanhada
Curtindo
O rico e o
pobre juntaram seus cobres pro circo ficar
Mas todos
sabem que todo artista
Tem que se
espalhar
Trupe fugida
Na estrada perdida
Sem lona
Sem plateia,
pedindo
Carona