quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Vem (Agostinho Fortes)

Eu lhe dei rosas e belos vestidos
Fiz poesia falando da gente
Fiz um disco para os seus ouvidos
Dei uma camisola transparente

Vem, vem, vem, vem

Murcharam as rosas, arranhou o disco
Você não quer ouvir falar da gente
E diz que eu sou um cara de alto risco
Que levo uma vida indecente

Larguei bilhar e o carteado
E a mulata que mora em frente
Por uma vida pra sempre ao seu lado
Prometo nunca mais ficar contente

Vem, vem, vem, vem

Mas vem logo que a vida passa
Impiedosa ela arrasa a gente
Enquanto no peito bater um samba
Eu sei que posso lhe fazer contente

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