Eu vi a cidade chorando, chovendo
Eu vi um menino caído na ladeira do morro
Eu vi as mazelas de perto
Andei nas vielas, favelas
E senti a fome de uma gente que não pede socorro
Eu vi um menino caído na ladeira do morro
Eu vi as mazelas de perto
Andei nas vielas, favelas
E senti a fome de uma gente que não pede socorro
Por isso eu choro
Mas meu pranto é fugaz
Por isso esse pranto à toa
Às vezes eu canto pra aliviar
Às vezes eu choro, eu canto, eu paro
Eu vi a cidade chorando, morrendo
Eu vi uma moça carregando o seu rebento
Ouvi um tiro tão perto
Vi aquele corpo sedento no chão
Eu vi a cidade sorrindo e um pai de joelhos em oração
Por isso eu choro
E meu pranto é assaz
Porém ele não ecoa
Às vezes eu canto pra me enganar
Às vezes eu choro, eu brado e canto
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