Que covardia
Quando me chamam pra um choro no morro
E eu que sou da boemia
Subo correndo e não sei por que corro
Quando me chamam pra um choro no morro
E eu que sou da boemia
Subo correndo e não sei por que corro
Vontade de morro
De batucar e cantar um choro
Que alegria, tocar Cartola e Noel
Mas que mania de tocar um cavaquinho cruel
Não há aqui piano
Nem fulano fala mal de sicrano
Quero um pandeiro
Fazer mil sambas o ano inteiro
Viva Cartola, viva a minha escola
Lá na mangueira, vou tocar muita viola
Ser um poeta, desses da pesada que nunca chora
Falar bem de Cartola e de manhã ir embora
Descer a ladeira, por isso choro
Mas quem é da quebrada, não se lamenta e nem chora
Mas quem é da quebrada, não se lamenta e nem chora
Joga capoeira, cai e se levanta na hora
Meu cavaquinho já dormiu antes da aurora
Meu cavaquinho já dormiu antes da aurora
Boa noite pra quem não dorme
Boa noite pros poetas de outrora
Boa noite pra quem assiste a aurora
Boa noite pra quem não perde a hora
Pra quem não samba, pra quem não entra na roda
Boa noite, Cartola!
Nenhum comentário:
Postar um comentário