segunda-feira, 30 de junho de 2025

Quarto de hotel (Agostinho)

Vazio, um quarto de hotel é vazio
Não me lembro do mar, nem do rio
Não me lembro tampouco das horas
É tudo parado, é vazio
É cheio e sombrio, mas não chora
É tudo esperança, cansaço
São as horas

Artista, vou por todo o Brasil
Em cada cidade, eu me caso
As platéias estão sempre cheias
Mas também estão sempre vazias
E nada é assim por acaso
E assim canto as minhas fantasias
Extravaso

Vazio, um quarto de hotel meio cheio
De mar, correnteza e receio
De rio, de nada e de horas
A platéia é cheia de saudade
Amanhã já é outra cidade
A platéia é cheia de estradas
Liberdade

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