sábado, 1 de novembro de 2014

Flores (Agostinho Fortes)


Na delicadeza de teus movimentos, força
Na transparência de teu olhar, mistério
Perco-me em teus lábios cheios, encontro
No perfume da tua carne, a fragrância da tua alma

Quando perco-me entre as ondas de nossos beijos, meu peito já não sinto
E neste beijo, sem perceber, morro afogado, morro faminto
Tempestuoso teu jeito, sereno teu íntimo
Tua pele é morena, teu vinho é tinto

Quando sinto teu corpo, falta-me pensamento
Nas flores que te deixo, não cabe o meu sentimento
Seria necessária toda a primavera
Seriam necessárias pétalas ao vento

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